sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Gestão e disseminação do conhecimento



A Gestão do Conhecimento tem movido cada vez mais atenção por parte das organizações que reconhecem a sua crescente importância. Nas últimas décadas originou inúmeros trabalhos de investigação e investimentos cada vez mais significativos e tende a ganhar mais organizações adeptas nos próximos anos devido aos resultados significantes relacionados à comunicação interna.
Quais resultados? Bom, utilizando a gestão do conhecimento a empresa diminui os gastos em produtos e começa a investir em capital intelectual, o que tem melhor custo-benefício, pois o maior capital que a empresa possui é o conhecimento de seus funcionários. As pessoas quando são ouvidas e podem dividir suas opiniões, se sentem valorizados e trabalham com paixão. Dessa forma o trabalho flui com maior eficiência, qualidade e dedicação.

















Vamos então nos aprofundar no processo de gestão e disseminação do conhecimento:
O processo visa à criação de valor para o negócio, buscando identificar, criar, reter, disseminar e aplicar conhecimentos gerados; necessários à realização dos processos e projetos da companhia. São considerados como fatores de influência: a estratégia da companhia, a liderança, a cultura organizacional, as pessoas, os processos e as tecnologias.



















Etapas: 

Identificação: consiste em identificar nos processos quais os conhecimentos necessários à realização dos processos da companhia.

 Criação: Etapa que permite desenvolver o conhecimento organizacional e estimular a criação de inovação. Uma vez identificados os conhecimentos necessários à realização dos processos, pode-se estimular a criação e o desenvolvimento de conhecimentos, ideias e soluções para os problemas e desafios.

Retenção: Esta etapa é caracterizada por explicitar, sistematizar e reter os conhecimentos dos processos e projetos para a companhia. Temos como exemplos de ações a elaboração de manuais, normas, procedimentos e relatórios, o registro de boas práticas e lições aprendidas.

Disseminação: Consiste no compartilhamento do conhecimento criado, adquirido ou aprimorado.
São exemplos de ações as trocas de informações, experiências e conhecimentos entre pessoas e grupos, a divulgação e disseminação de soluções geradas e de lições aprendidas, além da participação em fóruns e em comunidades.

Aplicação: Consiste em aplicar os conhecimentos aos processos, produtos e serviços, identificando oportunidades de melhoria e/ou inovação. Em transformar o conhecimento em algo relevante para a organização.


Vale a pena ressaltar que a disseminação de conhecimento é válida não apenas para processos e serviços da organização, mas também para conhecimentos gerais. Um funcionário que tem habilidades em programas de software, por exemplo, pode disseminar esse conhecimento com seus colegas de trabalho. De acordo com a cultura organizacional há um leque de opções de conhecimentos que podem ser disseminados, mas o ideal, para haver real motivação entre as pessoas, é que o tema seja livre. Se o colaborador sabe tocar violão, gostaria de dividir isso e existem pessoas interessadas em aprender, é válido que a organização apoie e incentive essa troca de experiências. O resultado é uma equipe mais integrada, motivada e interessada.

Sem conhecimento você não entrega resultado. Conhecimento se traduz em ganho de produtividade e inovação. Todas as grandes histórias de pioneirismo estão ligadas ao conhecimento. Quando você o compartilha com um colega, esse conhecimento começa a se tornar coletivo e quando você sistematiza, mesmo que seja em um power point, esse conhecimento vira parte da organização.


Talita Signorini


Referências:
CHOO, C. W. A organização do conhecimento. São Paulo: Editora Senac, 2003.
EGOSHI, K. Gestão do Conhecimento da Era Internet. 2006. Artigo em Hypertexto. Disponível em:
<http://www.infobibos.com/Artigos/2006_2/Gestao_Internet/Index.htm>. Acesso em: 29 agosto. 2013
FLEURY, M. T. L.; OLIVEIRA JUNIOR, M. M. Gestão estratégica do Conhecimento: integrando aprendizagem, conhecimento e competências. São Paulo: Atlas, 2001.
Gestão do conhecimento: o grande desafio empresarial. 3. ed. São Paulo: Negócio Editora,2001.

sábado, 24 de agosto de 2013

O relacionamento com a alta gestão


Discutimos bastante por aqui a importância de construir e valorizar o relacionamento entre o gestor direto e seu profissional, mas, ainda assim, é preciso destacar a necessidade de estabelecer também um contato aberto entre os colaboradores e alta gestão, como o presidente da empresa.
Aproximar alta direção de seus profissionais pode ser uma rica ferramenta de compartilhamento da estratégia organizacional, que, além de orientar sobre o direcionamento, mobiliza e permite apoio para atingir os resultados. Sendo assim, cabe a equipe de comunicação interna manter a alta liderança como um parceiro em todas as atividades.
A proposta de um diálogo aberto não só entre as equipes, mas, na organização como um todo, proporciona um ambiente de cultura colaborativa que incentiva a comunicação entre todos os níveis hierárquicos, permitindo também a troca de experiências.
Para que esse relacionamento ganhe força é necessário criar uma rotina que provoque movimentação para esses diálogos, trabalhando com o conceito de diversas formas dentro das ações de comunicação interna. Pode-se criar um canal específico para isso como um blog ou bate-papo e também encontros de relacionamento como o famoso “Café com o Presidente”, adotado por muitas empresas.
Sempre que possível, fazer uma visita aos setores da companhia permite aos dirigentes perceber como está o clima organizacional e como os profissionais entendem as ações adotadas pela empresa. Além disso, uma gestão que se aproxima da realidade dos funcionários garante mais credibilidade aos canais oficiais e faz com que boatos e informações sem fundamento se enfraqueçam pelos corredores da organização.
Passar a mensagem com clareza, objetividade, transparência e naturalidade, além de alinhar o discurso com as estratégias da empresa, é muito importante, pois fortalece os laços de confiança entre o público interno.
Percebemos então que criar uma conexão e um canal de diálogo entre a alta gestão e os demais profissionais pode ser um grande recurso para tornar a comunicação e os relacionamentos muito mais efetivos dentro da empresa. Além de ser estratégico também para o negócio, pois por meio do contato com profissionais de vários setores, a alta direção tem condições de identificar os pontos fortes e fracos e conhecer a realidade da companhia.


Catherine Barros

Referências:

BOLZAN, Karen. Comunicação Organizacional Estratégica e o Blog do Presidente. Disponível em: http://www.comunicacaocomfuncionario.com.br/2013/06/21/comunicacao-organizacional-estrategica-e-o-blog-do-presidente/ Acessado em: 23/08/2013

domingo, 18 de agosto de 2013

Mensurando resultados comunicacionais

As organizações já não se contentam com teorias, a mensuração de resultados palpáveis é imprescindível para os gestores da empresa. A comunicação interna, como a comunicação como um todo, já não tem mais a desculpa de que não é possível medir o retorno das ações. A tendência é transformar os valores agregados com a comunicação de intangíveis para tangíveis.
Para o gestor a prioridade são os lucros, principal objetivo de uma empresa, poucos são aqueles que conseguem enxergar que de uma forma escalonar, a comunicação contribuí, e muito, para o crescimento de uma organização. Por isso a necessidade de tangíbilizar o retorno, para que isso se torne palpável aos olhos dos líderes.

Para iniciar a medição dos resultados é necessária a existência de uma premissa, afinal precisamos saber onde estamos e para onde vamos. Com isso será mais fácil de entender, de planejar e por fim, mensurar.  Criar uma cultura de mensuração é de extrema importância, criando sempre diferentes metodologias para essa atividade. Porém, deve-se tomar cuidado com a prática desnecessária dessa ação , e quando indispensável, levar em consideração o resultado,  visto que os feedbacks tem como objetivo trazer mudanças e  melhorias.

A mensuração deve ser adaptada com a cultura organizacional. Existem alguns modelos que nos guiam que embora sejam diferentes, são norteados mais ou menos por três etapas:a básica, que mensura se a mensagem alcançou o público e se chegou no tempo certo, a etapa intermediária, que analisa se houve um entendimento da mensagem e por fim, a etapa avançada, que verifica se ocorreu alguma mudança no pensamento ou no comportamento do público.

Os líderes da comunicação interna se deparam com pessoas que pensam apenas na gestão dos negócios, dificultando a compreensão da importância da comunicação na gestão das pessoas. Por isso, é muito importante que de tempos em tempos, por volta de um intervalo de três anos, exista a medição geral da comunicação na organização para “provar” aos gestores os resultados gerados,sempre lembrando que ações pontuais  também merecem feedback.


Bibliografia:
Viviane Mansi, em aula ministrada no dia 12/08/2013 no curso da Gestão da Comunicação Interna da Faculdade Cásper Líbero.


Luíza Dacal Corrêa

sábado, 10 de agosto de 2013

Um case de sucesso!

Hoje resolvi ir um pouco além e trazer para vocês um case de Comunicação Interna, com a tentativa de tangibilizar e fazer com que entendam como funcionam na prática alguns pontos que abordamos aqui no Blog. O case escolhido foi o da NET, a qual oferece o serviço de TV por assinatura.
Para restruturar  sua Comunicação Interna a NET contratou a Agência In Press, a qual executou uma pesquisa para basear sua estratégia. A Agência criou um logo que retrata os canais oficiais, e personagens NET para boletins, murais e cartilhas, etc. O desenvolvimento foi consolidado com a inclusão da newsletter corporativa; campanhas de comunicação, e Pontos Focais, pessoas que coletavam informações, definiam a pauta dos boletins e elaboravam a newsletter.
Mural da NET

Com o intuito de sensibilizar as lideranças, a Agência criou um treinamento que reuniu mais de 600 líderes da empresa em todo o Brasil. Depois, uma nova pesquisa realizada no final de 2008 mostrou que a rádio de corredor possui uma “baixa audiência” como fonte de informação, já que 33% dos participantes responderam saber mais da empresa pelas coisas comentadas com seus colegas do que pelos veículos de comunicação interna, deixando clara a forte presença da “rádio peão” dentro a empresa, o que pode gerar problemas para a excelência da comunicação. Com o objetivo de traçar o perfil dos colaboradores, o estudo revelou que em 2007, 32% dos participantes afirmavam não ter acesso às informações sobre a companhia. Um ano depois, foi realizada outra pesquisa que mostrava que 83% dos colabores se consideravam informados, e a porcentagem dos que se declararam orgulhosos em fazer parte da organização pulou de 94% para 97%.
A estratégia de imprimir o “Jeito NET” a partir de diversas ferramentas de comunicação, já mostrou bons resultados no processo de construção da comunicação interna na organização, tornando os funcionários mais informados sobre tudo que se passava dentro de sua companhia.

Vanessa Foloni

Disponível em: <http://www.inpresspni.com.br/cases-262-Construindo-a-Comunicacao-Interna-na-NET-Servicos.html>. Acessado em 10/08/2013.